Cortinas e Persianas no Socorro

História: Distrito Socorro

As terras da Capela do Socorro pertenciam à aldeia de Guarapiranga no século XVI, e lá viviam os índios Guaianases, visitados com frequência pelo padre José de Anchieta. No inicio do século XVIII a área passou a ser conhecida por Socorro – algumas fontes afirmam que o nome do bairro vem da Nossa Senhora do Socorro.

Mais foi somente no século XIX que o local começou a receber habitantes, principalmente depois do inicio da construção da Represa de Guarapiranga, que era conhecida como Represa Velha de Santo Amaro. Na época de sua construção, em 1912, o empreendimento causou furor devido à sua grande potência: 12KW, o que a transformava em uma das maiores da América Latina.

Por volta de 1920, um grande área foi loteada e algumas indústrias se instalaram nas imediações, o que trouxe um crescimento rápido para o bairro, Em 1938, a Capela do Socorro, que já era um bairro industrial, foi elevado à categoria de subdistrito. Uma das principais vias de acesso é a avenida Robert Kennedy, antigamente conhecida como avenida Atlântica. O novo nome veio com o assassinato do senador norte-americano em 1968.

Evidentemente, com o grande progresso do bairro os seus problemas aumentaram e, hoje, vão desde a segurança pública até a falta de postos de saúde.

No entanto, às margens da Guarapiranga a classe média alta dá ao local um ar praiano, lotando as dezenas de bares existentes no local. Isso sem contar os ares de primeiro mundo que a região ganha com a presença do circo da Fórmula 1, armado uma vez por ano no Autódromo de Interlagos.

Enquanto isso, pequenas vilas se formaram desordenadamente, como era costume na capital paulista ao longo da década de 1920. Vilas que se tornaram bairros e receberam, por estarem ao lado da bela represa, nomes ligados ao lazer, como Jardim Guarapiranga, Jardim Paquetá, Parque Interlagos e Veleiros.

O distrito tem também um dos únicos rios limpos de São Paulo – o Capivari. Os outros rios que abastecem a Guarapiranga, como o M´Boi Mirim e o Embu-Guaçu já estão poluídos.

Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano