Limpeza de Sofá na Sé

História: Distrito Sé

O ponto principal de antigas povoações católicas era a igreja matriz. Dela partiam as artérias principais que davam vida à nova cidade. Com São Paulo não foi diferente e nem poderia – afinal os portugueses eram famosos por levar ao mundo os fundamentos do catolicismo romano, de uma forma ou de outra.

E assim este país nasceu sob o símbolo da cruz. O jesuítas chegaram com os descobridores e foram eles os responsáveis pela criação de São Paulo e Piratininga, já que Martim Afonso de Sousa, donatário da capitania de São Vicente, lhes entregou uma grande área para a edificação da cidade. Tal área teve por centro o largo da Sé, sendo dali delimitada por meia légua, numa circunferência.

A construção de uma igreja matriz foi iniciada em 1555. Essa construção viria a ser demolida em 1744, por se achar em perigo de ruína. Começou então a ser erguida a nova matriz em 1745. em 1838. a Assembleia Provincial determinou que o sino grande da igreja da Sé ( o chamado sino da Independência) só dobraria por ocasião do falecimento do sumo pontífice, do bispo diocesano ou de alguma pessoas da família real, do presidente da província ou de um capitular. Em 1852 a Câmara cuidou da numeração das casas: o começo de casa rua era sempre a parte que ficava mais próxima do largo da Sé, considerando o centro da cidade.

A grande catedral em estilo gótico, nossa conhecida, nasceu de uma reunião entre o primeiro arcebispo metropolitano dom Duarte Leopoldo e Silva com autoridades estaduais e municipais em 25 de janeiro de 1912. Quarenta e dois anos depois ela foi inaugurada, como parte dos festejos do IV Centenário da cidade.

O interessante é que poucos conhecem a catedral. Ela tem uma cripta – uma igreja subterrânea. Ao redor da cripta estão os mausoléus de Tibiriçá e do padre Diogo Feijó, além dos túmulos dos bispos de São Paulo.

Na gestão do prefeito Olavo Setúbal (1975 à 1979), a praça sofreu total reurbanização, provocada pela implantação do Metrô de São Paulo, que em 17 de fevereiro de 1978 inaugurou no local a Estação Sé – a maior do sistema, em que se dá a interligação das linhas norte-sul e leste-oeste.

A partir daí, a Sé mudou, sendo ora centro de atenções políticas ora de atenções policiais. Mas sempre o centro de São Paulo: seu Marco Zero, onde tudo começou.

Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano